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DesolAção

  • por Patrícia Paixão
  • 24 de nov. de 2016
  • 1 min de leitura

A ignorância deu lugar ao ódio

Que levou em um sopro o que era vitória

O explorado não teve mais seu ópio

E o opressor ganhou dias de glória

Tende piedade da gente.

Então chegou a solidão

O buraco instalado pelo sonho vazio

A esperança foi embora no bico do gavião

Nem céu nem mar, tudo virou chão frio

Tende piedade dessa gente.

Meia-volta volver, é dito ao trabalhador

Suor, lágrima e arrepio

Sede, fome, silêncio e estupor

Pisaram, eliminaram, arrasaram o seu brio

Tende piedade de todas as gentes.

Ergue a carcaça e sai em caça

Não é hora para se tornar arredio

Ao contrário, o momento exige raça

Movimento, união e enfrentamento ao desafio

Tende medo dessa nossa gente, que de luta entende e vence.

*Reprodução de fotografia de Sebastião Salgado/Livro Trabalhadores. Capturada da internet.

 
 
 

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